Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e
qualidades do homem. Quando o tédio bocejava pela terceira vez, a loucura, como
sempre tão louca, propôs: "Vamos jogar Esconde-Esconde?". A
curiosidade, sem conseguir se conter, perguntou: "Esconde-Esconde? Como é
isso?"
É um jogo, explicou a loucura, em que eu escondo o rosto e começo a contar de um até um milhão, então vocês se escondem, e quando eu terminar de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo. O entusiasmo bailou, seguido pela euforia, e a alegria deu tantos saltos que convenceu a dúvida, e inclusive a apatia, que nunca se interessava em nada. Mas, nem todos quiseram participar. A verdade preferiu não esconder-se. Para quê? Se, no final, sempre a achariam? A arrogância achou um jogo muito tonto, mas no fundo o que a chateava era que a ideia não havia sido dela. A covardia preferiu não se arriscar-se.
É um jogo, explicou a loucura, em que eu escondo o rosto e começo a contar de um até um milhão, então vocês se escondem, e quando eu terminar de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo. O entusiasmo bailou, seguido pela euforia, e a alegria deu tantos saltos que convenceu a dúvida, e inclusive a apatia, que nunca se interessava em nada. Mas, nem todos quiseram participar. A verdade preferiu não esconder-se. Para quê? Se, no final, sempre a achariam? A arrogância achou um jogo muito tonto, mas no fundo o que a chateava era que a ideia não havia sido dela. A covardia preferiu não se arriscar-se.